segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Riscos de cidades e países

Com o crescimento da globalização tem sido cada vez mais freqüente a opção de jovens em início de carreira e profissional em formação recorrerem ao exterior em busca de  aprimoramento e qualificação adicional, isto é: ir para além da fronteira do país de nascimento. Isso ocorre por iniciativas pessoais ou por meio dos denominados programas Exchange mantido por grandes empresas de atuação global.
 A experiência de viver em uma cultura diferente é uma das mais valiosas experiências que qualquer profissional pode ter ao longo de sua trajetória de vida. Contribui para o enriquecimento pessoal e profissional. É um desafio que vale a pena viver em vista do crescimento que permite.
 Além das motivações naturais advindas da experiência em si, existem diversos fatores que determinam a opção das pessoas e das empresas por uma cidade ou país. Apenas para citar algumas dessas motivações: salário, pacote de benefícios, nível de desenvolvimento socioeconômico, condições climáticas e ambientais, hospitalidade, capacidade de investimento do país, bem como outros fatores, tais como: nível de corrupção, nível de violência, terrorismo, drogas, entre outros.
Para minha agradável surpresa tive acesso na internet a um relatório e um mapa de risco por países produzido pela AON Consulting, uma empresa de prestígio internacional especializada nas áreas de seguros contra risco e resseguros. O primeiro relatório intitulado “"2010 People Risk™ Index Ratings Organization Risks Related to Recruitment, Employment and Retirement".
O relatório da AON permite a comparação entre diferentes cidades. A metodologia é validada por meio de indicadores que permitem a comparação. Foram consideradas 90 cidades ao redor do mundo. As cidades de São Paulo e Rio de Janeiro são analisados no estudo e com base no nos critérios de avaliação empregados pela AON foram classificadas na 54º e 60º posição, respectivamente. Para ter acesso ao relatório consulte o link:     http://www.aon.com/thought-leadership/asia-connect/Attachments/research-center/People-Risk-Highlights-15Sep10.pdf?elq_mid=11046&elq_cid=1596002&elq=f4e061571413463c88396b307f42560e
Já o mapa de risco por países é resultado de uma combinação de 20(vinte) indicadores estatísticos e para cada país são definidos grupos distintos de risco, entre eles: câmbio, guerra, distúrbios, agitação civil, terrorismo, não pagamento de compromissos financeiros (dívida), questões legais e regulatórias, interferência política e vulnerabilidade na cadeia de suprimentos (água e alimentação). Com base na metodologia empregada, os países são classificados em função de 6(seis) níveis de risco. Para ter acesso ao mapa de risco por países consulte o link:  http://www.aon.com/risk-services/political-risk-map2/images/2010_PE_Risk_Map_low%20res.pdf
O estudo e o mapa são valiosos para ser considerado como uma referência por gestores de RH, jovens e profissionais interessados em se estabelecer fora do país. Eu, também recomendo a leitura para profissionais interessados em temas associados á gestão de risco como fonte de pesquisa e estudo.
Em tempos de eleições presidenciais é altamente recomendado para os nossos políticos consultar, especialmente para os dois candidatos que irão concorrer ao posto de presidente(a) no segundo turno. Aliás, por falar nisso, a ida para o segundo turno contrariou todos os prognóstico realizados pelos Institutos de Pesquisa. É preciso calibrar a metodologia ou a brava candidata Marina superou todas às expectativas? Pelo sim ou não temos uma segunda chance de pensar melhor em quem votar.

Marco Pontes é diretor da LG&P Advisory Services, membro do IBA e da Academia Nacional de Seguros e Previdência – ANSP. Email:marco.pontes@lgpconsulting.com.br


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